Coordenadora do programa Território do Brincar do Instituto Alana e Documentarista, Renata Meirelles explica que o brincar é simples, você só precisa estar ali: PRESENTE.
Por: Natura
Quem brinca, aprende. A linguagem, a criatividade, a colaboração, a coragem e até a forma como nos relacionamos uns com os outros são desenvolvidos ao brincar. Mesmo com toda a lista de benefícios, alguns pais – e principalmente nos primeiros anos da criança –, veem o brincar como algo perigoso, ou trabalhoso. Renata Meirelles desmistifica tudo isso: “Brincar é simples”, diz ela, reafirmando que a proteção é necessária, mas a superproteção, não. A brincadeira começa com o próprio corpo do bebê e, mais tarde, pode virar desculpa para lá de boa para estimular a colaboração nas tarefas da rotina. Assista e acompanhe o post até o fim.
Brincar é de verdade
Tudo para a criança é uma grande brincadeira. Por isso, vocês não precisam de muito para se divertirem juntos: nem o último brinquedo que saiu na loja, nem a construção mega elaborada de uma casinha na sala. O que importa mesmo vocês já têm, que é a presença – e isso significa deixar o celular de lado e jogar para longe aquela insegurança se o seu jeito de brincar está certo, errado ou bobo demais. Na brincadeira, o importante é que seja de verdade. Aproveite o que já existe ao redor – um galho, uma caixa de papelão, um espaço embaixo da mesa – e dê tempo para o seu filho explorar e descobrir, sem interferir demais. Se for ao ar livre, melhor ainda. E que tal transformar as tarefas mais rotineiras em brincadeira?
Brincar resolve!
“Acabou a brincadeira, vamos tomar banho”. Quem viu encrenca pela frente levanta a mão… A rotina ajuda, mas há diversos fatores que podem fazer uma criança querer colaborar ou não – o cansaço pode ser um obstáculo, por exemplo. A saída pode estar justamente no brincar.
“A criança não diferencia tarefa de brincadeira”, explica Renata Meirelles.
Que tal apostar corrida até o banheiro? Convidar um boneco para tomar banho junto pode ser outra ideia. Veja mais três exemplos!
MITO X VERDADE: mãe cuida, pai brinca?
Até um tempo atrás, a mãe se responsabilizava por 100% dos cuidados com o filho e ao pai… sobrava a parte divertida: brincar. Em algumas famílias, isso ainda acontece, mas a divisão de tarefas, o interesse dos homens em acompanhar os filhos de perto e o fortalecimento da mulher no mercado de trabalho vêm mudando esse cenário. Como afirma Renata, “brincar é um ato de presença” e qualquer um que quiser pode mergulhar nesse universo com a criança, inclusive nos momentos de cuidado: no banho, na refeição, na hora de dormir (cantar e contar histórias também contam!). Que brincadeira da sua infância você pode ensinar ao seu filho?
Não perca!
Na série Momento Mamãe e Bebê, especialistas convidados – que contam histórias pessoais ao final de cada vídeo – tratam de um tema importantíssimo para a criação dos filhos: a formação do vínculo. Esse laço de amor se fortalece em momentos simples do dia, como na hora do sono ou de brincar. Assista aos primeiros vídeos (ao clicar nos links, você será direcionado(a) para o meu Espaço Digital Natura:
- A importância do vínculo, com a psicanalista Vera Iaconelli,
- O papel do pai, com o pediatra Daniel Becker,
- O importante é estar ao ar livre, com Maria Isabel Barros.
